Os Erros Inatos da Imunidade (EII) são representados por mais de 400 doenças, diferentes entre si, com acometimentos em diferentes setores do sistema imunológico. De uma maneira geral, pacientes com diagnóstico de alguma imunodeficiência primária apresentam o mesmo risco que todos as pessoas para se infectar pelo coronavírus, mas apresentam riscos diferentes para ter a doença respiratória grave por esse vírus, na dependência do tipo de defeito do sistema imunológico.
Ainda não há estudos ou relatos na literatura sobre o acometimento de pacientes com EII. No entanto, tendo por base o tipo de defeito no setor imunológico, podemos dividir os EII em três grupos de risco para a COVID-19:
*extremamente vulneráveis,
*moderadamente vulneráveis
*baixo risco
Pacientes com angioedema hereditário são considerados imunocompetentes e não apresentam risco maior do que o da população geral.
Pacientes com imunodeficiência combinada grave são os de maior risco, tanto antes, como após transplante. Pacientes imunodeficientes que foram recentemente transplantados e/ou que usam medicamentos imunossupressores também são pacientes em risco significativo de terem quadros mais graves pelo coronavírus. Nesses casos, as medidas de isolamento social que vêm sendo recomendadas são fundamentais.
Pacientes com risco moderado são, principalmente, imunodeficiência comum variável, agamaglobulinemia congênita e doença granulomatosa crônica.
Pacientes com deficiência seletiva de IgA e defeitos de anticorpos específicos sem doença pulmonar, são considerados de baixo risco.
Pacientes de risco baixo devem ser submetidos às mesmas recomendações que a população em geral.